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Na tertúlia da passada sexta feira, dia 31 de janeiro, “HARDWARE & SOFTWARE CEREBRAL”, abordámos a relação mente x cérebro, o modo como a estrutura cerebral influencia e se comporta nas diferentes atitudes do quotidiano, pensamentos, hábitos e rotinas.
Vamos imaginar, por exemplo, um PC e vamos considerar que o cérebro do PC é o processador. O processador é responsável por todas as atividades do computador e tem uma memória responsável para efetuar tarefas repetitivas. Porém não tem inteligência para escrever um texto, desenhar uma figura ou efetuar cálculos necessários para a construção de um prédio por exemplo. Todavia, o dono do computador, que está fora dele, e que consideraremos como a Consciência, resolve instalar um programa chamado Office para escrever textos e que pode ser considerado como um atributo inteligente.
Assim, essa Consciência, mesmo estando fora do computador e do processador interfere nele integralmente. Depois de alguns textos escritos, o processador já saberá como é que se deve comportar e vai repetir automaticamente as tarefas de abrir o editor, escrever o texto e salvar o arquivo, mas não terá a menor noção da importância do conteúdo do texto. Quem vai ter essa noção é o dono do computador que está fora dele, ou seja, a Consciência do computador. O processador do computador poderá com o tempo apresentar defeitos o que impossibilitará a Consciência (o dono) de utilizar o computador. Da mesma forma, o nosso cérebro desempenha funções meramente automáticas e repetitivas, absorve atributos inteligentes e utiliza-os repetindo as mesmas funções automaticamente.
Só a Consciência que está fora do corpo e do cérebro é capaz de fazer uso inteligente desses conteúdos. Se o nosso cérebro apresentar defeitos quer por desgaste quer por uso de drogas, a Consciência não poderá mais interagir com ele.
Esta relação foi apresentada nas duas perspectivas, através do neurocirugião Marcos Barbosa e do psicanalista e psicoterapeuta João Galamba de Almeida.